terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Minha oferenda pra esta terra é fina e pura. Como a rapidez de um relampejo e de um som que sai, de uma visao rapida de tempo passado. Minha oferenda pra ca se assemelha ao divino fiel, do dividido do humano, da tendencia do solitario, da gratidao do corpo e da alma, do espirito, selvagem, tal como ca nessa terra.
Minha oferenda sou eu mesmo, em carne e em pessoa, em vida, em inspiraçao e expiraçao, e inspiraçao almejada e tida, comemorada, alegre, vibrante da terra que faz tremer.
Nas palavras o agradecimento. Sincero, de alguém que escolhe por algo agradecer. Mesmo sabendo que é em vao que nao pra ele proprio, que o ouvido da terra nao ouve passos nem vozes, mas vive. No mesmo ar compartilhada a existencia, no mesmo mar a mesma agua de composiçao diferente, de liquido e gas de outra forma de solido completamente volatil.
Ja fui mais longe do que queria e nao escrevi o que quis. Ilha de Florianopolis esse poema é para ti. Que me fizesse ter a forma da beleza de um dia apreciavel, de natureza bela, e desse dia, se fez minha vida, para sempre comigo, obrigado.

Sacode

Vai tristeza desiste de surgir de se fazer aparecer.
O acontecimento que define o tempo e o viver.
Cansado das horas cansadas de um dia cansado.
Suposto acordado e dormindo numa manha qualquer.
Acordado, de cara guardado, vestido e de pé.
Levanta, um murro de sangue numa ponta ferida e deflagrada e instintamente aparente.
Que mostra na cor a força de um desvio.
E mostra no sopro o contato direto, uma trapaça, uma cegueira instantânea de um olho que ve e uma mente, que interpreta.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Rainha do Mar

Pelo sabor do mar se encantam as sereias. 
Com seus sorrisos tentadores, instigam a jornada, a aventura, ao convite da jangada. 
Numa maré cheia, a luz do luar espelha-se dançando num movimento interminável. 
Com o balanço, de repente, é cativado. 
Mergulhado numa profundidade eterna, soltou-se no véu e no céu de uma dança fértil. 
Com seus braços de algas, as rainhas do mar o envolveram deixando-o livre para explorar. 
Em rodopios se fez a dança, sem gravidade e sem maldade, nem vontade de se mostrar. 
Deixou na terra sua figura e desfigurado entrou no mar. 
Ja nao volta mais tao cedo, quem visita o lado de la. 
Da tentação de uma dança à solidão de uma canção. 

Rainha do mar, nao va pra longe, pois longe vou à te buscar, rainha do mar. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

passos passados de uma caminhada


retido no domínio do silencio. que passa e atravessa por um sentimento que por pouco nao se apresenta somente o bastante para que seja o contrario de uma aparição pois ai é que se brinca com os momentos únicos de leve flutuação enérgica e vivida de uma paz. De uma paz se viu a saudade e nao da guerra mas da prosperidade da felicidade de um bom rapaz. Um bom rapaz que leva o instinto da dominância e a cala perante a surpreendente forma de agir. De uma flor se fez a vista, de uma pétala amarela observou-se a raiz que dela saia e raiava nesse campo, nesse plano infinito. Pois cative e cative-se e escorra esse mel por ti, esse mel filosófico de uma ideologia vivencial. E no domínio da escrita ele ergueu a palavra ao horizonte de um chamado que se circundava por letras mas representava exatamente a infinidade de uma caminhada, de uma passada que tarda a chegar e que a ela so, e somente a ela, vem a esperar. Por migalhas de descobertas se fez o mundo ao seus pés e nem de cima via e nem de cima agia mas junto dela estava. com o olhar horizontal viu as flores que apareciam na sua rota e por tanto tentou-as contar que chegou ao desespero. Ao desespero lúcido e incrível de um contador que percebe que o numero é finito mas a sua continuidade nao e nem a vontade de cessar. Pelas pétalas das flores ele se guiou e foi parar num mundo sem lar e sem objetivo e sem escolhas se esguiou por trás de campos e vales e apenas ali restou. Quanto mais passava, menos existia, em forma, e mais se misturava com a forma das belezas que esse mundo tanto vem a mostrar para os olhos que estejam à observar, para os toques que a mao vem a tocar e ao peito que a batida apenas tende à suar. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sons de violino

Os sons do violino ora soam como paz e certa melancolia mas que escondem por trás de uma possibilidade fria e rígida, un enxame de alucinações delirantes e por tal, tão artísticas quanto uma mente pode absorver, quanto uma loucura pode se esconder dos demais. Com os olhos semi cerrados ele prestou atenção no horizonte que via longe, e sem buscar um fim ele se guiou pela imaginação do que teria sem pensar se existia ou não. Percebeu a habilidade da capacidade do devaneio e logo se viu contente e também ausente, e presente no seu espírito se recolheu. Abraçou-se a si próprio e ali viu o semblante de uma completude momentânea e transitória mas que o amparava e trazia um certo calor, uma certa fricção da ponta de seus dedos. Uma energia ruidosa que o lentamente esvaziava mas que ao mesmo tempo o enchia de sentimentos tantos tais que se ordenavam sem organização e sem muito tempo há ficar. Em sua ponta de vontade ele transmitia as necessidades que na verdade eram-lhe transmitidas mas manipuladas para um bem estar. Que no momento da procura se sabe que não se chegará no que se quer mas ao mesmo tempo ali está a gargalhada dos desejos e das faltas. Manipulando-se à crítica do pensamento racional, entregou-se. E fez da crítica, uma crítica, ruidosa e implacável mas certamente com sentido, elaborado, destemido, fugaz na compreensão de que nada há de compreender, nem o som do violino que lhe vem a suspender, de um chão sem piso, numa parede sem recados, e num teto de infinitas cores, de texturas, de visões e de delírios, de alucinações de momentos implacáveis de um ser que se ausenta do presente amparado e se deixa levar, num tom de violinos para outro lugar... longe daqui... sem nunca cá ter de deixar.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Estou exausto.

Entendo e acredito que o corpo e mente é um.
Abraço essa idéia como consciencia do que ja havia; do que sempre houve.
Intimido-me pelo saber: por confortavelmente criar o enunciado da duvida.
Tropeço no meu proprio balanço…
Tento tirar sarro da miséria que tende a me sorrir.
E continuo ali…
No final do meu caminhar que nao acaba.
Do meu encontro que nao termina…
A ausencia compoe a morte.

E voce nao esta aqui.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Minha cicatriz

Que fique aqui marcado que existe um corpo e uma mente. Elas sao minhas.
Que fique aqui dito que passo por um momento dificil, por um momento que beira a imbecilidade se nao fosse pela realidade dos fatos. Esses sao meus.
Que fique demonstrada a minha força. Levanto a cabeça com os olhos caidos, pesantes, pesados.
Que te olham na imaginaçao. Que lembram das belas experiencias e vivencias e nao consegue visualizar com ninguém mais.
Daria tudo por teu abraço.
A amarga decisao de um corpo doce.
O acabado ainda esta por acabar.
A luta hei de vencer. Esse nao é o problema.
A consequencia dos atos é que é.
Esses que tivemos.
Malditas mentes racionais.
Me privaram da emoçao. Me deixaram somente com a razao. E a razao nao da calor, nao da cheiro nem carinho. A razao me faz pensar... O quao ruim é ficar sem voce, o quao é ruim te-la apenas no meu pensar.
Pacientemente eu continuo a me erguer, à acordar do sonhar.
Ando pelos lados. Nos corredores sigo baixo. No meu timbre, a melancolia disfarçada de indiferença.
Necessidade espontanea do viver. No meu envoltorio mental rapidamente me desprendo do mundo das vontades faceis, das simples belezas da vida, e me apego na fraqueza de um, de mim.
Me mostra que pode ser diferente... porque sozinho nao consigo ver. Meu olhar vai para frente, sozinho tento esquecer. Tento lidar com a leveza que sempre me caracterizou e sempre me apoiou, me definiu. Mas logo agora, a imaginaçao tende a durar. Te dou adeus e espero que nao vas voltar. Me dou adeus e tento me modificar... A escrita para, preciso me apoiar..